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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

CELIBATO BÍBLICO X CELIBATO HUMANO

Por Eguinaldo Hélio de Souza

O Novo Dicionário Aurélio apresenta uma definição superficial sobre o termo “celibato”. Diz apenas que é “o estado de uma pessoa que se mantém solteira”.

Em uma visão bíblica e religiosa, porém, é muito mais do que isso. Celibato é a ausência de atividade sexual na vida de um indivíduo. Ocorre geralmente por motivos religiosos, embora qualquer pessoa possa exercê-lo. O celibato pode (e às vezes até deve) ser exercido por apenas um período. Os solteiros devem, com certeza, praticá-lo, bem como os viúvos e separados. Mas também pode ser praticado temporariamente por motivos espirituais (1Co 7.5). Nosso enfoque, aqui, não é o estado de celibato temporário, mas sua prática permanente.

Claro que a Bíblia fala em celibato, mas nem tudo o que leva este nome é bíblico. Distorcido ao longo dos anos por influências gnósticas e estranhas, esta prática se tornou, por imposição humana, um “preceito de homens” e “doutrina de demônios” (1Tm 4.1), distante dos critérios de Deus. A Enciclopédia Britânica assim se expressou sobre o assunto: “A ligação entre o cristianismo e o judaísmo e a aceitação do Antigo Testamento pela Igreja cristã, tendia a perpetuar na Igreja primitiva a estima que os hebreus tinham por casar e ter numerosos filhos”.

Logo, se o estado celibatário se tornou sinônimo de um estado espiritual, isso não ocorreu como produto da pregação apostólica. Outras influências fora da cultura hebraica e do contexto bíblico levaram a prática a extremismos danosos.

Quando o celibato é bíblico?

Dizer que o celibato nunca é bíblico, não é verdade. Podemos encontrar base para ele tanto nos sinópticos quanto nos escritos paulinos. A história, sacralizada como tradição no catolicismo, não é normativa. Há exemplos e afirmações neotestamentárias que devem ser levadas em conta. Ignorá-los tem gerado pesados e amargos frutos.
Quando é uma decisão pessoal

Quando Jesus falou sobre pessoas que se decidiram por viver uma vida celibatária por amor ao reino de Deus, foi bem explícito em apresentar isso como uma decisão puramente pessoal. Não é uma adesão a algum regulamento fixo da lei mosaica ou a qualquer outro ponto das Escrituras, mas uma escolha deliberada e própria. “Porque há eunucos que nasceram assim; outros foram feitos eunucos pelos homens; e há eunucos que se fizeram eunucos por causa do reino dos céus” (Mt 19.12; grifo do autor).

Em Israel, não havia uma classe instituída de eunucos como havia em outras nações. Aliás, os castrados eram proibidos de entrar na congregação do Senhor (Dt 23.1). Quando a Bíblia faz referência aos eunucos, geralmente eles pertencem a outras nações. Eram guardas de harém (Et 2.3,14,15), ou serviam os reis e rainhas em diversos cargos (Jr 38.7; At 8.27). Conforme o Dicionário da Bíblia John D. Davis, não é muito certo que o termo eunuco tenha o mesmo significado em todas as passagens das Escrituras, pois há casos em que falam de eunucos casados, como, por exemplo, Potifar, que era casado (Gn 37-39).

Também se faz, ocasionalmente, menção de eunucos entre o povo de Israel ou mesmo em Judá (2Rs 24.15; 25.19; Jr 29.2;). John D. Davis afirma que “os eunucos existentes no reino de Judá eram, pela maior parte, senão em sua totalidade, estrangeiros”, como vemos em Jeremias 38.7. Lembrando ainda que Jesus fala de eunucos de nascença e de eunucos castrados pelos homens.

De qualquer maneira, não havia algo como uma instituição de “eunucado” como se isso tivesse alguma virtude em si. A cultura judaica valorizava o casamento, a procriação e a varonilidade. O conceito de renúncia ao casamento por amor ao reino de Deus é um elemento novo dentro da fé escriturística, com um caráter estritamente pessoal.
Quando o celibatário recebeu o dom para “aceitar isto”

Há um segundo ponto importante no celibato bíblico. Além da decisão individual, o celibatário deve possuir aptidão para permanecer em tal estado. Jesus terminou sua sentença com a frase: “Quem puder aceitar isto, aceite-o” (Mt 19.12), mostrando que nem todos estavam aptos a receber tal preceito. Jesus disse ainda que nem todos poderiam receber esta palavra, mas somente aqueles a quem foi concedido recebê-la (v.11).

Paulo, o apóstolo celibatário, afirma a questão de vocação ainda com mais veemência ao responder às perguntas dos coríntios sobre o casamento. “Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um de uma maneira, e outro de outra” (1Co 7.7). Pela revelação bíblica, não basta alguém desejar ser celibatário para sê-lo. É necessária uma capacitação especial de Deus.

Quando o celibato leva a uma maior santificação a Deus

O motivo do celibato bíblico é só um: maior disponibilidade para Deus e o seu reino (Mt 19.12). O fato de um cristão não querer se casar pode ser ocasionado por motivos que não um chamado para servir a Deus integralmente. Pode haver motivos de ordem social, física ou psicológica. O celibatário vocacionado o fará com pleno prazer, não se sentirá oprimido pela ausência de um marido ou esposa, mas utilizará sua vida completamente a serviço de Deus.

Paulo coloca o celibato neste foco, mostrando que os que são casados têm de cuidar de coisas relativas a esta vida para agradar seu cônjuge, enquanto que os solteiros cuidam das coisas do Senhor apenas, tendo maior consagração, tanto no seu corpo quanto no seu espírito (1Co 7.32-34).

Não é a mera abstinência sexual que constitui o valor de um celibato voluntário, mas o resultado desta abstenção no serviço divino. Este ponto é importante, pois não é a ausência do ato sexual que torna o celibatário mais consagrado, mas uma vida desligada das coisas deste mundo, voltada somente para Deus e seu reino.

Quando o celibato não é bíblico?

Embora o celibato clerical católico seja o mais conhecido, houve e há outros grupos que entendem o celibato como sendo necessário e obrigatório, pelo menos para algumas classes especiais dentro do grupo, criando uma espécie de casta de eunucos espirituais. Grupos menores, na História passada e em nossos dias, exigem o celibato como um estado automático de maior santidade e por isso o impõe como exigência para adesão ao grupo.
Quando é imposto por outros

Uma coisa é incentivar o celibato. Outra é exigi-lo. Uma coisa é crer que uma vida de solteiro, voltada só para as coisas divinas, é melhor. Outra coisa é estabelecer que só possa ser dessa forma. Dizer que alguém é obrigado ao celibato se deseja ser um ministro da Igreja de Cristo é uma ordenança humana e um ensino antibíblico: “Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência, proibindo o casamento...” (1Tm 4.1-3; grifo do autor).

Não existe qualquer lugar nas Escrituras que estabeleça um estado de solteiro obrigatório para quem quiser tomar sobre si o encargo da obra de Deus. O celibato obrigatório teve uma evolução histórica, por influências não-apostólicas e não-bíblicas. Ainda lemos na Britânica: “O celibato de clérigos não parece ter sido obrigatório durante os primeiros séculos cristãos. A opinião formalmente sustentada por alguns de que o celibatário teve origem apostólica tem sido largamente abandonada. A liberdade de escolha era a norma [...] No Ocidente, o Concílio de Elvira na Espanha (306 d.C.) decretou o celibato nas seguintes palavras: ‘é inteiramente proibido a bispos, sacerdotes, diáconos e todos os clérigos colocados no ministério viver com suas esposas e filhos gerados. Quem o fizer será destituído de sua posição de clérigo’”.

Quando o celibatário não consegue se conter

Paulo foi taxativo ao dizer que se alguém não pode se conter, que então se case, pois é melhor casar do que viver abrasado (1Co 7.9). Isso quer dizer que somente alguém que é celibatário por dom e vocação deve insistir em permanecer nessa condição. Os demais estão desobrigados pela Palavra a tal esforço.
Quando entende o sexo como inerentemente mal

A imposição celibatária nasceu da falta da distinção entre a perversão sexual e o ato sexual propriamente dito. A perversão sexual é completamente condenada nas Escrituras. Já o ato sexual faz parte dos planos de Deus desde a criação do homem, pois, ao criá-lo, disse: “Crescei e multiplicai-vos” (Gn 1.28). “E viu Deus que também isto era muito bom” (v.31).

Outras influências não-bíblicas foram responsáveis por esse desvio. Essa visão, provavelmente, tem raízes gnósticas. O gnosticismo classificava a matéria como algo inerentemente mal, sendo produto não de um Deus bom e sábio, mas de outra entidade inferior. Eusébio, em sua História eclesiástica, tece comentário sobre uma seita denominada “encratitas”, originada de dois hereges gnósticos: Saturnino e Marcião. Eusébio escreve o seguinte, citando Irineu: “Aqueles que brotaram de Saturnino e de Marcião, chamados encratitas, proclamavam abstinência do casamento, deixando de lado o propósito original de Deus e censurando tacitamente quem os fez macho e fêmea para a propagação da raça humana”.

Ainda prossegue Eusébio, no mesmo capítulo, citando Irineu e repreendendo a posição desses gnósticos com respeito ao matrimônio: “Também o casamento, declarava [um certo Taciano] juntamente com Marcião e Saturnino, era apenas corrupção e fornicação”.

“Os gnósticos, que identificavam a matéria com o mal, procuravam uma forma de criar um sistema filosófico em que Deus, como espírito, seria livre da influência do mal e no qual o homem seria identificado, no lado espiritual de sua natureza, com a divindade [...] Em seu sistema, não havia lugar para a ressurreição da carne [...] Também os maniqueus, outra seita gnóstica, popularizou o celibato. O maniqueísmo provocou tal exaltação da vida ascética a ponto de ver o instinto sexual como mal e enfatizar a superioridade do estado civil do solteiro”.

Muitos líderes do século 2o tinham uma visão do casamento influenciada pelo gnosticismo. Chegavam a interpretar o casamento como uma conseqüência da queda de Adão e não como algo anterior a ele, o que não é certo. Ficavam com uma visão conflitante do casamento, como sendo necessário e desaconselhável ao mesmo tempo: “A hesitação dos ortodoxos casuístas sobre este interessante assunto trai a perplexidade de homens relutantes em aprovar uma instituição que eles eram compelidos a tolerar. Alguns gnósticos foram mais consistentes. Eles proibiram o uso do casamento”.
Quando o faz por “proibição demoníaca”

O apóstolo Paulo foi celibatário por plena voluntariedade. Mas ele não encarava tal fato como uma obrigação ministerial. Muito pelo contrário. Questionou os coríntios em sua primeira epístola: “Não temos nós o direito de levar conosco uma esposa crente, como fazem os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor e Cefas?” (1Co 9.5).

Logo, o celibato obrigatório não era instituição apostólica. Uma nota da Bíblia de Jerusalém sobre esta passagem, diz: “Como quer que seja, em vista dos problemas materiais, os apóstolos casados, como Cefas (Pedro), geralmente levavam a esposa em missão”.

É difícil traçar uma genealogia histórica para o celibato clerical. Com certeza, não foi apostólico tanto quanto não é bíblico. Nunca foi geral no cristianismo e, mesmo quando foi imposto aos clérigos, não era praticado uniformemente: “Por exemplo, a igreja oriental sempre permitiu que seus sacerdotes casassem. O celibato clerical é exigido somente dos monges. Os bispos ortodoxos orientais são tradicionalmente escolhidos entre os monges, portanto, celibatários. O sacerdote simples da paróquia, no entanto, tem permissão para se casar antes de ser ordenado. Se for solteiro por ocasião de sua ordenação, deve permanecer assim. A tradição católica romana desenvolveu paulatinamente a prática do celibato clerical universal, de tal modo que todos os sacerdotes da Igreja devem permanecer solteiros e castos”.

A argumentação do catolicismo sobre o celibato clerical é de que não há imposição. Quem faz o voto sacerdotal o acata voluntariamente. Isso, todavia, constitui uma imposição humana e não divina. As pessoas não deviam ter de escolher entre ser ministro cristão e ter uma família. As duas alternativas não são incompatíveis. Dizer que alguém só pode ser ministro se for celibatário é proibir o casamento para o clérigo.

Quando, porém, lemos a Palavra de Deus, vemos que esta posição está absolutamente em conflito com ela. Veja o que Paulo escreveu sobre algumas das características dos ministros: “Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher [...] tendo seus filhos em sujeição [...] se alguém não sabe governar a sua própria casa [família], terá cuidado da igreja de Deus?” (1Tm 3.1-5; grifos do autor). E ainda: “Por esta causa te deixei em Creta, para que [...] de cidade em cidade, estabelecesse presbíteros, como já te mandei: aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis [...] (Tt 1.5,6; grifos do autor).
Quando leva a desvios sexuais

Não faz muito tempo, a mídia mundial ficou repleta de denúncias de práticas homossexuais e pedófilas por parte do clero católico. Isso sem falar no Movimento dos Padres Casados, que é uma dissidência católica e um protesto aberto contra o celibato obrigatório.

Não é de se espantar coisas desse tipo. Quando os impulsos sexuais não são refreados por um dom da graça de Deus, serão extravasados de uma forma ou de outra. Assim escreveu o apóstolo em sua epístola aos Romanos: “E semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza” (1.27; grifos do autor). A torpeza foi o resultado de deixar “uso natural da mulher”.

Deus criou o homem como um ser sexuado e estabeleceu princípios pelos quais essa necessidade seria legitimamente atendida. Isso está claro na Bíblia: “Macho e fêmea os criou” (Gn 1.27); “Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2.18); e, por fim, “Deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher e serão os dois uma só carne” (Gn 2.24). E ainda o apóstolo Paulo arremata: “Todavia, para evitar a fornicação, cada homem tenha a sua mulher e cada mulher tenha o seu marido” (1Co 7.2 – Bíblia de Jerusalém).

A insistência na obrigatoriedade do celibato clerical, tanto na prática quanto na matéria teológica, é plena demonstração de uma “consciência cauterizada” ou, como traduz a Bíblia de Jerusalém, “hipocrisia dos mentirosos, que têm a própria consciência como que marcada com ferro quente” (1Tm 4.2).
Considerações finais

Se alguém deseja ser celibatário, sente que tem um chamado de Deus para isto, sente-se capacitado por Deus para assumir essa posição, então que seja. Mas, definitivamente, não há qualquer grau de pecaminosidade no casamento e, especificamente, no ato sexual praticado pelo marido e a mulher. “Mas, se te casares, não pecas; e, se a virgem se casar, não peca” (1Co 7.28).

Para terminar, vale a observação do dr. Otto Borchert sobre Jesus e o casamento:

“Não podemos duvidar, nem por um momento, que Jesus via grandes benefícios no casamento. Em algumas de suas parábolas, Ele retratou a alegria do casamento como a maior de todas, chegando a se comparar com o noivo. Ele mesmo tomou parte em um casamento e experimentou o maior prazer com os ramos de oliveira (filhos) que são o resultado de tal união. Além disso, invocou a lei da criação (Deus os fez macho e fêmea) contra Moisés, revelando o pleno significado intrínseco e a seriedade desta lei (Mt 19.4). Aqueles dentre nós que o conhecem, reconhecem que Jesus nunca foi partidário das pessoas que proíbem o casamento (1Tm 4.3), da mesma forma, jamais podemos crer que seja possível que Ele [Jesus] tenha dado o conselho oferecido pelo seu apóstolo de que é melhor não se casar”.

Canção nova x Iurd ( Universal)

1. Ambas exploram a boa fé de pessoas emocionalmente fragilizadas que buscam alento na religião.

2. Ambas exploram financeiramente os seus seguidores, sendo que a Canção Nova manda quebrar cofrinhos de crianças para enviar o dinheiro para eles além de pedir OURO às viúvas (alianças, anéis, etc).

3. A Canção Nova idolatra JONAS ABIB e alguns outros líderes e pregadores.

4. a Igreja Universal também faz o culto de alguns Bispos

5. Ambas surgiram do nada e graças à exploração dos pobres hoje são potências econômicas e midiáticas.


Então...mostrem-nos as diferenças !!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

MARIA

Virgem e Mãe, duas poderosas e universais emoções

Por Giovanni Mieggea

Maria, mãe de Jesus, ocupa atualmente um lugar de suma importância no pensamento católico. São do conhecimento de todos as manifestações espetaculares da piedade mariana, as peregrinações e os congressos marianos, além da consagração de nações inteiras a Maria. Menos notado, mas igualmente importante, é a elaboração doutrinária (estudo histórico e teológico) que floresce em grande quantidade e qualidade e numa escala raramente atingida nos séculos precedentes. Obras a respeito da Virgem, destinadas a divulgar para os leigos a consciência e o amor de Maria, têm sido publicadas aos montes por editoras especializadas. E todas elas capacitadas pelos atuais recursos de publicidade moderna e por outros meios de divulgação, tais como: panfletos, adesivos, camisetas, livros, rádio e televisão. A consciência e a importância desse tremendo esforço são bem definidos por seus promotores. O catolicismo dos nossos dias parece que vive um momento de devoção à Virgem Maria, superando até mesmo a adoração católica de Maria dos séculos doze e treze1.

Depois de um século de trabalho, a teologia mariana atingiu um patamar de firmeza e conscientização que nem mesmo os grandes adoradores da Idade Média, como, por exemplo, Santo Anselmo, São Boaventura e São Bernardo, provavelmente tiveram a chance de alcançar. Isto porque o desejo de levar o leigo à conscientização de devoção a Maria nunca foi tão bem servido como hoje. Os meios de comunicação atuais são poderosos e a posição de seus divulgadores são firmes.

Qual é o significado desse importante florescer do marianismo? É evidente que ele se relaciona com o esforço que a Igreja Católica está fazendo em nossos dias para recuperar as massas. A pregação mariana presta-se particularmente a isso, e lança mão de apelos sentimentais e elementares. Maria, como virgem e mãe, acumula em si as mais poderosas e universais emoções: veneração submissa e nostálgica da criança sonolenta que há no homem, desejosa de carinho e proteção; e também a atração pela presença eterna do ser feminino que, quanto mais forte, mais sublimada e reprimida se apresenta.

Tais fascínios, portanto, reúnem os mais típicos valores cristãos: bondade, compaixão e misericórdia. A misericórdia, por sua vez, redime e perdoa. Na pregação mariana, esses valores são recomendados. E isso é feito por meio de apelo psicológico. Será que o culto à Virgem Maria é o meio (o canal da graça) pelo qual os eternos valores cristãos hão de voltar a ser acessíveis às massas barbarizadas e simples, incapazes de pensar mas com fortes tendências a sentimentos intensos? Será Maria verdadeiramente a “mediatrix”, num sentido psicológico e histórico, do cristianismo do século de grandes heresias?

Essa é a idéia conscientemente expressa pelos mais sérios pensadores católicos que promovem a piedade mariana. “A nova era será a era triunfal de Maria, e esse triunfo trará consigo o triunfo de Cristo e da Igreja”. Foi o que profetizou o padre francês Chaminade, em 1838, em uma carta a Gregório XVI. Em 1927, o padre Doncoeur fez eco a essa profecia: “A presente geração crescida e nutrida pelos dogmas e pela eucaristia realizará grandes feitos. Resta ainda a façanha da descoberta da Madona”2
Talvez, seria um erro nos limitarmos apenas a essa perspectiva de propaganda, ou, para sermos mais respeitosos, perspectiva missionária. O presente desenvolvimento da mariologia não deve ser interpretado somente como um recurso consciente e voluntário do mais poderoso instrumento de difusão doutrinal. Ele tem raízes mais profundas que não podem ser conhecidas sem uma noção mais sólida dos recessos da fé católica.

O catolicismo declara: “Por Maria se vai a Jesus; sim, mas só por Maria total se chega ao Jesus total, pessoalmente e na sociedade; por meio da Mãe se vai ao Filho, por meio da teologia de Maria a Deus, no pensamento e na vida”. Per Mariam ad Iesum et per Iesum ad Patrem! É esse o caminho que a piedade católica segue, e de forma sempre mais consciente e segura. A mediação de Maria não é uma proposição teológica abstrata. É uma experiência vivida, um método de educação, um caminho que tem sido experimentado e cujas incomparáveis belezas tem sido celebradas com entusiasmo ardoroso3 .

Ora, tudo isso não é de fato natural nem indiscutível. Ninguém que pensa sobre a extrema gravidade da hora presente e a eterna verdade do evangelho pode duvidar, por um momento sequer, que o renascimento da fé cristã não deve ser somente desejado, mas também ser a única esperança da nossa época, se não quisermos cair no caos. Mas que esse renascimento deva necessariamente vir de uma mediação mariana, psicológica e pietista, missionária e teológica, não é, de nenhum modo, evidente e bíblico. A insistência com que os promotores do culto mariano enfatizam essa tão necessária mediação é a mesma que mostra que tal idéia é reconhecida pelo próprio catolicismo como sendo uma novidade paradoxal, com pouca conformidade com as tradições constantes e estabelecidas do cristianismo.

Na verdade, não existe evidência intrínseca que apóie a idéia de que o evangelho - o evangelho eterno de Cristo Jesus, o Jesus de Nazaré, Mestre e Senhor incomparável, o Jesus da crucificação do Gólgota e da ressurreição - não deva ser dirigido diretamente a uma geração confusa, desorientada e ansiosa como a nossa sem a ajuda da mediação psicológica e teológica da piedade mariana. O fato de que tal mediação seja algo necessário, desejado, invocado e pregado com tamanha e inquestionável convicção, com um calor que traz em si os melhores sinais de sinceridade, constitui um problema para as mentes pensadoras de nosso tempo. De que modo a consciência católica chegou a esse extremo? Perdeu o evangelho a tal ponto sua evidência intrínseca; perdeu ele seu poder de renovação e convicção, de modo que deve ser recuperado e pregado de novo, por meio da piedade mariana e do pensamento que defende essa doutrina? Qual foi a fatalidade histórica e espiritual que fez que Maria se tornasse a medianeira indispensável de Jesus?
O problema que a pergunta supracitada levanta é de notável interesse. E não diz respeito apenas ao mais importante aspecto da piedade da Igreja Católica que, por suas organizações religiosas, culturais e políticas, aspira visivelmente o controle espiritual do mundo, ou pelo menos do cristianismo. Abrange, ainda, o desenvolvimento da piedade mariana, quer do ponto de vista da história das religiões e da psicologia religiosa, do desenvolvimento dogmático e litúrgico ou da ética católica. O assunto, de tão interessantes aspectos que possui, por si só constitui um campo atraente de investigações.

Na elaboração do culto à Virgem Maria ficou certo que ele, e isso é um fato óbvio, substituiu o das mães divinas (divindades femininas) do mundo Mediterrâneo. Mas o reconhecimento desse fato, tirando a referência genérica ao símbolo da divina maternidade, não nos é suficiente. O culto à Virgem é um fenômeno dotado com individualidade própria. O que ocorre no culto a Maria pode ser observado, de maneira igual, nas origens do ascetismo cristão, que é correlativo daquele culto e nele entrelaçado com profundas raízes psicológicas e morais. As procedências do ascetismo cristão também estão fora do cristianismo, contudo não podem ser entendidas a menos que sejam filiadas aos impulsos que o ascetismo recebeu na área da piedade cristã do quarto século, a qual fez dele um fenômeno original, ainda que muito afastado das idéias do cristianismo do Novo Testamento.

Nosso propósito, no entanto, não é mostrar, neste artigo, uma série de curiosidades e absurdos que envolvem a construção do culto a Maria, o qual, diga-se de passagem, está eivado de elementos não-cristãos. Ao contrário disso, iremos discutir sobre um problema que, embora gravíssimo, pode ser solucionado e, portanto, tratado com respeito.

A posição da igreja Católica é tentar justificar, por meio das Sagradas Escrituras, os aspectos que envolvem o dogma mariano. Em algumas obras católicas, alguns escritores procuram admitir que este ou aquele aspecto da doutrina mariana (tais como: sua imaculada conceição, assunção e participação na redenção do homem) não é explicitamente ensinado no Novo Testamento e muito menos nos escritos dos primeiros padres4. O mesmo ocorre com o culto dos santos e com a oração à Virgem Maria: “O culto aos Santos só começa a partir de cem anos aproximadamente, depois da morte de Jesus, com uma tímida veneração aos mártires. A primeira oração dirigida expressamente à Mãe de Deus é a invocação Sub tuum praesidium, formulada no fim do século III ou mais provavelmente no início do século IV. Não podemos dizer que a veneração dos santos – e muito menos a da Mãe de Cristo – faça parte do patrimônio original”5.
Em seu livro Papal Sin (Pecado papal), o historiador americano Garry Wills, católico praticante, declara: “O culto à Virgem Maria inexiste nas Escrituras e entre os católicos, durante quatro séculos é apenas um dos muitos abusos históricos que, a seu ver, a Igreja cometeu. Exorbitância cujo ápice teria sido a idolatria à Nossa Senhora de Fátima e aos mistérios a ela ligados, todos ‘manipulados pela Igreja’ para fins políticos – além de discutíveis, na medida em que dois deles referiam-se a previsões (supostamente feitas em 13 de julho de 1917) de fatos já ocorridos ou em andamento (uma nova guerra mundial, um novo papa) quando sua única testemunha viva, Lúcia, tornou-as públicas, em 1941”6.

Assim, na concepção do referido historiador, o dogma mariano nada mais é do que a construção da piedade e do pensamento teológico da Igreja, baseada em premissas supostamente contidas (explícita ou implicitamente) no Novo Testamento.

O padre Roschini, num breve catecismo popular, faz declarações daquilo que pode ser chamado de leis intrínsecas do desenvolvimento do sistema mariano. E divide essas declarações da seguinte maneira: um princípio primário e quatro secundários. O princípio primário é a divina maternidade: “A mui bendita Maria é Mãe de Deus, é a mediadora dos homens”. E não duvida de que desse princípio, decorrente dos princípios secundários, “são deduzidas todas as vastas conclusões da mariologia...”. Os princípios secundários são: singularidade, conveniência, eminência e analogia com Cristo. Em suas próprias palavras, Roschini enuncia os princípios secundários da seguinte forma:

1 “A bendita Virgem, sendo uma criatura inteiramente singular e constituindo uma ordem à parte, tem direitos a privilégios singulares, inacessíveis a qualquer outra criatura” (Princípio de singularidade).
2 “À bendita Virgem devem ser atribuídas todas as perfeições condizentes com a dignidade da Mãe de Deus e mediadora dos homens, desde que tenham alguma base na revelação e não sejam contrárias à fé e à razão” (Princípio de conveniência).
3 “Todos os privilégios de natureza, graça e glória concedidos por Deus a outros santos devem também ser concedidos de algum modo à Virgem Santíssima rainha dos santos” (Princípio de eminência).
4 “Privilégios análogos aos vários privilégios da humanidade de Cristo são possuídos correspondentemente pela bendita Virgem, conforme a condição de um e de outra” (Princípio de analogia ou semelhança com Cristo)7.
Por meio desses princípios, é possível justificar todos os desenvolvimentos históricos da piedade e do dogma de Maria. É ainda mais interessante notar que eles abrem caminho para qualquer possível desenvolvimento no futuro. O dogma mariano, delimitado por essas quatro categorias, não é uma teoria completa e fechada em si mesma. É uma doutrina em evolução, poder-se-ia dizer um dogma aberto. Segundo os quatro princípios acima expostos, tudo o que for possível afirmar como dogma mariano pode ser aceito como desenvolvimento da divina maternidade e mediação de Maria. De acordo com o princípio da singularidade, as celebrações a Maria jamais serão hiperbólicas ou excessivas. Segundo o princípio de eminência, não existe glorificação de santos ou mártires que não contribua para a glória de Maria. Já o princípio de conveniência declara que por sua grandeza, como mediadora, Maria tem perfeita semelhança com Cristo, o redentor, em divindade.

Indo mais longe, Roschini afirma: “A divina maternidade a eleva a uma altura vertiginosa e a coloca imediatamente depois de Deus na vasta escala dos seres, tornando-a membro da ordem hipostática (na medida em que por ela e nela o Verbo está unido hipostaticamente – isto é – pessoalmente – com a natureza humana), uma ordem superior à da natureza e graça e glória. Por isso os padres e as Escrituras têm quase esgotado seus recursos de linguagem em exaltá-la sem conseguir dar-lhe a glória que merece. Sua grandeza confina-se com o infinito”8.

A Igreja Católica pôs de lado o método de basear as doutrinas das Escrituras Sagradas com a Tradição, substituindo-o pela autoridade docente do Magistério vivo, centralizada no Papa que, segundo a Igreja, é infalível. É por esse motivo que ela (a Igreja Católica) tem facilidade de definir, a seu bel-prazer, os dogmas que prega como verdades reveladas, como, por exemplo, as doutrinas da Imaculada Conceição de Maria e sua assunção ao céu em corpo e alma. Mas esses ensinamentos não têm nenhum fundamento nas Escrituras, e muito menos na Tradição.

Como a Igreja Católica usa esse “novo” instrumento (a autoridade docente do Magistério vivo) ela está habilitada a dogmatizar sobre qualquer doutrina apoiada pelo consenso geral dos fiéis, ainda que tal ensino seja estranho às Sagradas Escrituras e à crença da igreja primitiva. Tanto é assim que já está em franca elaboração outro dogma sobre um assunto ainda mais grave: a doutrina de Maria co-redentora. O objetivo, com isso, é atribuir a Maria parte na obra expiatória de Cristo. As autoridade da Igreja Católica acreditam que os sofrimentos morais de Maria, ao contemplar a morte de seu Filho na cruz, fizeram parte da obra redentora ali realizada. A humanidade é constituída por homens e mulheres e, sem os sofrimentos vicários de uma mulher, junto com os do Homem Deus, a expiação dos pecados humanos ficaria incompleta. É o que afirmam as autoridades católicas. É uma heresia desse porte, baseada em argumentos tão fracos, que está prestes a ser definida como dogma. O ímpeto de glorificar Maria não tem limites pela Igreja Católica.
Não há nenhum vestígio de esperança de que a Igreja Católica, um dia, possa modificar seus ensinamentos dogmáticos sobre a Virgem Maria. Ainda que seus erros fossem reconhecidos por alguns de seus membros, eles teriam de enfrentar a oposição da maioria, que jamais concordaria com tal reconhecimento. Todavia, mesmo sem essa Capitis diminutio, a Igreja Católica poderia reduzir, pouco a pouco, seu culto excessivo e idolátrico às proporções naturais do justo respeito que a mãe de Jesus merece. Devido ao excessivo culto a Maria, a figura de Jesus Cristo, no catolicismo, deixou de ser central, restando-lhe apenas a posição de Senhor do além e Juiz do juízo final.

Para que Cristo seja novamente reconhecido pelos católicos por sua incomparável grandeza e senhorio, seria necessário uma revisão dogmática, litúrgica e ética por parte da Igreja Católica. Neste caso, o único caminho aberto para uma mudança é substituir os símbolos católicos já prestes a sofrer deterioração psicológica por outros mais novos e frescos. A fatalidade no catolicismo é que os cultos a Maria exigem sempre de seus adoradores os valores cristãos de humanidade, de compaixão e de ascese interior.

Não obstante a tudo isso, Cristo, naturalmente, não será esquecido. Permanecerá sendo o centro das honras oficiais. O lado feio dessa “moeda”, porém, é que Maria continuará sendo vista como a mediadora entre Cristo e os homens. Primeiro Maria, depois Jesus Cristo. O que isso significa? Significa que a verdadeira força difusiva e persuasiva e o verdadeiro fascínio religioso que atrai para si (a pessoa que está sendo adorada) a fé e a devoção de multidões são inteiramente exercidos pela Virgem Maria.

Com isso concluímos que, no catolicismo, o cristianismo cedeu espaço para uma religião diferente. Bem diferente!
Comparando as declarações sobre Maria com a Bíblia, chegamos à conclusão de que o culto a ela prestado é impróprio.

A) Nenhuma criatura deve ser adorada, a não ser Deus: Pai, Filho e Espírito Santo (Ap 5.11-13).
B) O culto à criatura foi rejeitado, e essa rejeição ainda permanece (At 10.25,26; Cl 2.18; Ap 19.10; 22.8-9).
C) Devemos orar diretamente ao Deus Pai, (Mt 6.6-13) em nome de Jesus (Jo 16.23-24). Ou, então, diretamente a Jesus (At 7.59-60; 1 Co 1.2; 2 Co 12.8; Ap 22.10).
D) A idolatria é fortemente condenada na Bíblia e acarreta perdição eterna (Is 45.20; Ap.21.8; 22.15).
E) Jesus é o Deus Criador, juntamente com o Pai e o Espírito Santo (Gn 1.26; 1.1-3; Jó 33.4; Cl 1.15-16). Assim, Ele é o Pai de Maria pela sua natureza divina e mais antigo que ela (Jo 17.5, 24; Hb 13.8); ao tomar a forma humana (Jo 1.14), era chamado de filho (Mt 1.25; 12.46-50).
F) Maria não era isenta de pecado (Rm 3.23) e ela mesma declarou que Deus era o seu Salvador (Lc 1.46-47).
G) Maria não foi assunta ao céu em corpo glorificado. Está no paraíso celestial consciente de sua felicidade pessoal (1 Co 5.6-8; Fp 1.21-23). Quando o Senhor Jesus voltar, ela fará parte da primeira ressurreição e subirá ao céu num corpo glorificado (1 Ts 4.13-17; 1 Co 15.51-54);
H) Maria não é cheia de graça, mas achou graça diante de Deus ao ser escolhida para ser a mãe do Salvador (Lc 1.30). Só Jesus é cheio de graça (Jo 1.14).

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Verdades Bíblicas sobre Adoração e Idolatria

Introdução:


O que entendemos como adoração e idolatria? Bom, o propósito desta resenha, é justamente chegarmos ao ponto de entender e conciliar em nossa mente o que poderia ser adoração, veneração, intercessão e idolatria. Através de comparações entre o universo de hoje e todo o período bíblico, vamos explanar, com cautela e coerência, e principalmente, mergulhando nas Escrituras, que sempre foram a nossa "regra de fé e prática", este assunto.

Retornando na História, após a formação da Igreja Católica (não a Igreja Católica Romana, mas uma igreja primitiva, dirigida por homens cheios do Espírito Santo), muitos conceitos ainda eram guardados e observados pelos primeiros cristãos, conceitos estes que foram esquecidos após a união do Estado e Igreja (século III d.C.), que transformou a humilde Igreja Católica, no poderoso Império Católico Romano. Este, ao admitir uma aliança forçada com os bárbaros, permitiu a inclusão de suas doutrinas politeístas em seu conjunto de dogmas religiosos. Como resultado de uma aliança politicamente poderosa, mas religiosamente fracassada, a Igreja se afastou da sua doutrina genuína ao incluir culto e quaisquer outras formas de veneração e adoração a tudo aquilo que não era Deus. Confeccionando imagens de homens e anjos, a Igreja passou a espalhar estas por todo o templo. Logo, o espaço que deveria ser somente dedicado a Deus, passou a ser divido com imagens de pessoas, pecadores como nós mesmos. Mais um erro, mais um degrau à baixo, mais um vão aberto entre Deus e a Igreja.

Nesta mesma época, havia grupos de cristãos que permaneciam fieis à doutrina de Jesus Cristo e dos Apóstolos, mas eram perseguidos e exterminados por serem considerados infiéis e hereges. Mas, através de homens inspirados e levantados por Deus, como Lutero, Calvino, Wycliffe, Huss e outros, aconteceu a grande Reforma Religiosa, que deu o passo principal para que os cristãos acordassem de um sono que os aprisionava. Uma das primeiras atitudes tomadas foi retirar as imagens (isso incluía anjos, santos, Maria e etc.) das igrejas "cristãs". A Igreja estava retornando às veredas da justiça, estava retornando a Deus. E embora alguns chamem os reformadores de revolucionários, não é bem assim. Eles perseveravam em corrigir um erro que a Igreja não admitia. Eles foram expulsos e muitos mortos na fogueira, como João Huss.

O que é idolatria?

"Os que fazem imagens não prestam, e os seus deuses, que eles tanto amam, não valem nada. Os que adoram imagens são tolos e cegos e por isso serão humilhados. É uma grande tolice fazer uma imagem para ser adorada como se fosse um deus. Todos os que a adoraram serão humilhados. Os que fazem ídolos são apenas seres humanos; nada mais. Que eles se reunam e se apresentem no tribunal! Ali ficarão apavorados e serão humilhados". Isaías 44.9-11 BLH

Agora que demos uma passada na história de como a Igreja se destruiu e como
Deus à levantou, devemos entender, exatamente, o que quer dizer o termo idolatria. Esta palavra vem do grego eidolon, que se traduz "ídolo", e latreuein, do grego "adorar". Por tanto, idolatria se refere, no seu sentido primário, adorar a um ídolo ou imagem. Em um sentido mais substancial, diríamos que idolatria é qualquer forma de culto, veneração ou servidão a um ídolo, imagem, pessoa, instituição, sentimento ou lugar. Isso não quer dizer, então, que idolatria se refira apenas a ídolos, mas a qualquer coisa que não seja Deus, sendo físico ou não, abstrato ou concreto.

Ao povo de Israel era estritamente proibido fabricar qualquer imagem esculpida ou fundida para adoração, nem de coisas da Terra, nem das do céu ("Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra." Êxodos 20.4; Deuteronômio 5.8). Isso não impedia que o povo exercitasse as artes plásticas, afinal, eles faziam seus ornamentos, mas se o objetivo fosse adoração, como ao bezerro de ouro (Ver Êxodos 32), o veredicto de Deus seria empregado, morrer ao fio da espada. Outro exemplo que podemos observar foi a chash nechosheth, no hebraico, Serpente de Bronze. Esta expressão pode ser encontrada em II Reis 18.4 ("Tirou os altos, quebrou as colunas, e deitou abaixo a Asera; e despedaçou a serpente de bronze que Moisés fizera (porquanto até aquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso), e chamou-lhe Neüstã."), mas a história pode ser vista em Números 21.4-9. O Povo de Israel queixava-se do tratamento imposto por Deus. Eles haviam se esquecido do seu próprio passado e do que essa queixa poderia lhes render. Deus então os castiga com serpentes venenosas que mataram vários israelitas. O povo então se arrepende e Deus manda que Moisés construa uma serpente de bronze. Ao contemplar a serpente, movidos pela fé, os israelitas seriam curados da morte. Isso não era adoração, mas sim, obediência a Deus e também um sinal para os israelitas lembrarem-se do seu próprio erro. Com o tempo, alguns supersticiosos entre o povo, começaram a adorar a serpente. Isso aconteceu no tempo do Rei Ezequias. Ele chamou-a de Neustã, que quer dizer pedaço de bronze, dando a entender que era apenas metal e nada mais. Por isso, a serpente foi destruída para sempre.

Há ainda exemplos da diferença entre ornamentação e adoração na construção do Templo por Salomão (I Rs. 6.17-36, II Cr. 3.5-17, 4.1-22) e na profecia de restauração do Templo (Ez. 41.17-26).
Falsos Profetas - Adoração a Ídolos, Santos...

Existem, hoje em dia, muitos conceitos sobre a forma como a Bíblia expõe a devoção e adoração a ídolos, imagens, "santos"... Algumas religiões e seitas, como a Igreja Católica, com o propósito de defender suas teses, de forma a confundir o povo de Deus, tentaram justificar biblicamente essas heresias, e difundiram essas heresias como doutrinas Espirituais, mas que não podemos considerar assim, pois é totalmente contrário aos dogmas bíblicos.

Um dos textos bíblicos que ressaltam essa veracidade se encontra no livro de Isaías 42.8,9: "Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura. Eis que as primeiras predições já se cumpriram, e novas coisas eu vos anuncio; e, antes que sucedam, eu vo-las farei ouvir"

Existem dois pontos muito fortes neste texto. Primeiramente, Deus (Javé, no texto original, quer dizer "Eterno" ou "O Deus Eterno") simplifica toda uma dúvida. Ele, e só Ele é digno de todo louvor e glória. Inacreditável como ainda em algumas preces de algumas religiões expõem-se claramente a glória a suas imagens e ídolos. Deus que não divide sua glória com ninguém. O outro ponto que deve ser respeitado é o
fato de Deus revelar que primeiro anunciaria o que vai acontecer, e, logo então, aconteceria. Muitos podem não atentar para a profundidade do texto, mas tem uma grande lição. Todas as coisas que acontecem hoje (falo das coisas espirituais), a menos que sejam biblicamente citadas, é profano aos olhos do Senhor, afinal, foi a sua própria pessoa que o disse! Por isso sempre usamos o termo: "Pois a Bíblia diz assim..." ou "A Palavra de Deus cita isso em...".

Não é de se espantar com tais fatos. A Bíblia, com toda autoridade que lhe é cabível admite que nos últimos dias tais coisas aconteceriam. Devemos pois estar preparados para não sermos consumidos por tal artimanha maquiavélica do Diabo. O texto abaixo é só mais um em dezenas deles. O Espírito de Deus diz claramente que, nos últimos tempos, alguns abandonarão a fé. Eles darão atenção a espíritos enganadores e a ensinamentos que vêm de demônios em I Timóteo 4.1 ("Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios.").

Será que devemos dar tanta ênfase aos que vieram antes de nós, ou que fizeram algum bem para humanidade? Será que tais pessoas tem algum poder ou hierarquicamente tem diante de Deus alguma tarefa quanto a nós? O Salmista Davi, em Salmos 146.3,4, relata a revelação do Senhor Deus quanto a esta dúvida: "Não confieis em príncipes, nem no filho do homem (referindo-se a carne humana), em quem não há salvação. Sai-lhe o espírito, volta para a terra; naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos".

É bem verdade que muitas destas pessoas que confiam em outros que não sejam o próprio Deus, acreditam que eles podem, de alguma forma, ajudá-los nas dificuldades aqui na Terra, mas, pelo menos 120 textos bíblicos pesquisados que se referiam aos termos "ajuda", "consolação" e "intercessão" nenhum se quer se referia a uma ajuda sobrenatural que não fosse o próprio Pai, o Filho, o Espírito Santo ou os anjos! Outros textos sobre o assunto estão abaixo: "Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua memória ficou entregue ao esquecimento. Tanto o seu amor como o seu ódio e a sua inveja já pereceram; nem têm eles daí em diante parte para sempre em coisa alguma do que se faz debaixo do sol". "Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças; porque o lugar para onde tu vais, não há obra, nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma". Eclesiastes 9.5,6,10

Existe ainda, uma corrente teológica que afirma que os judeus, no período do Velho Testamento, não tinha ainda uma concepção da possível vida pós-morte. Bem, mas se Jesus Cristo, o Filho de Deus, a segunda pessoa da Trindade disser algo sobre isso.

No Evangelho de Lucas 16, Jesus conta a história em que morreram o "Rico e o Lázaro". O Rico foi para o inferno (Hades) e o Lázaro foi para o céu (Seio de Abraão). O sofrimento do Rico era tanto que ele pediu a Abraão que deixasse que Lázaro molhasse a ponta de seu dedo na água, e então, deixasse que uma gota de água refrescasse a sua sede. Abraão então nega o pedido do Rico. Este então pede que Lázaro volte à Terra, ou seja, ao convívio dos homens, para que testificasse aos seus familiares o que havia acontecido. A resposta foi negada novamente. Abraão alegou que os vivos tinham Moisés e os Profetas e que eles já haviam alertado sobre isso. Abraão ainda diz que existe uma barreira entre nós e eles, que não poderia ser traspassada. Moisés representa a Lei Mosaica, ou seja temos o necessário aqui, e que não é preciso e nem permitido que Lázaro ou qualquer outra
temos o necessário aqui, e que não é preciso e nem permitido que Lázaro ou qualquer outra pessoa se retirar do céu ou do Hades para tal absurdo. Não existe vontade permissiva de Deus para isso. Essas foram palavras de Jesus Cristo, Onisciente, Onipresente e Onipotente.

Os "SANTOS" podem nos ajudar?

Seria possível alguém que já morreu, por melhor pessoa que tenha sido, estar nos vigiando ou atento as nossas necessidades aqui na Terra? Onde estariam eles? Existe comunicação entre eles e nós? Se há, disso Deus se agrada? Bem, temos sérias razões para acreditar que não. Vamos partir do princípio que o nome "santo" não é bem o que todos imaginam. O Apóstolo Paulo nos chama de santos, nos ensina a orar por todos os santos, na ideologia em que todos os cristãos são santos porque buscam a santificação em um processo diário e contínuo, renegando-se ao pecado, assim como as coisas supérfluas, descontroladas e desordenadas. Mas, vamos então tratar este nome, santo, dentro do nosso contexto, isto é, "as pessoas que foram muito boas aqui na Terra, e por isso Deus os colocou em um posto mais elevado e que possuem uma tarefa quanto a nós, a de interceder por nós diante de Deus".

Bom, já que tocamos no assunto, a Bíblia diz que "existe um só Senhor e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem", I Tm. 2.5. Embora muito imaginem que Deus só nos ouve se citarmos o nome "Jesus Cristo", não é bem assim. A verdade é que, no mar de religiões em navegamos encontramos milhares delas, cada uma com seu "deus". Algumas insistem em acreditar que trata-se do mesmo Deus que nós servimos. Claro que não é bem assim. Um dos propósitos de Deus ter mandado Jesus à Terra, seria o de separar pessoas de pessoas, judeus de judeus, isso quer dizer que através de Jesus Cristo e seu sacrifício, podemos nos chegamos a Deus de uma forma íntima, amigável e familiar. Pelo fato de acreditarmos, confiarmos e depositarmos toda nossa fé em Jesus, temos livre acesso ao Pai. São muitos os que ainda imaginam que nós pedimos a Jesus e Ele vai levar nosso pedido para Deus. Que ingenuidade! Que falta de discernimento bíblico! Por causa disso, difundiram uma doutrina em que, se pedirmos aos "santos", eles vão até Jesus e Jesus vai até Deus. Nós encontramos isso na reza, ou oração, à Maria: "Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós; agora como na hora de nossa morte". Supostamente seria assim: "Eu peço ajuda à Maria, então, na hora de minha morte ela iria até Jesus Cristo, contaria para ele todas as minhas dificuldades em vida, tudo que sofri, mesmo esquecendo do que fiz de errado. Jesus então, como meu advogado que não sabe nada sobre minha vida iria até Deus e tentaria suavizar a minha pena. Deus, então, daria o veredicto". Misericórdia! De onde tiraram isso? Com certeza não foi da Bíblia.

A Igreja Católica, por vários séculos, tem se beneficiado da falta de sabedoria e discernimento de seus fieis para espalhar a doutrina dos santos e das imagens. Eles alegam que não existe adoração ou veneração a estes, mas não é o que se vê por ai. Expressões como: "Servos da Rainha", "Procissão de São Sebastião", "São ... rogai por nós", são vistas e ouvidas em todos os lugares. Mesmo que não seja o princípio desta Igreja, seus fiéis são incapazes de distinguir veneração, adoração e culto de respeito e exemplo. Os fieis correm, se batem e se abatem na tentativa de tocar em uma imagem, e dela receber uma virtude irreal, vã e vazia. Perdem-se, e aos poucos se afundam em mar de doutrinas furadas, pura apostasia. Um charco de mentiras que mais parece misticismo do que cristianismo.

Mesmo assim, com o passar dos anos, esses desobedientes aos preceitos bíblicos, devido a um excesso de confiança em si mesmo, acabaram por humanizar Deus. Este passou a não ser mais o onisciente, onipresente e onipotente. Ele agora,
segundo muitos hereges, precisa de uma certa ajuda daqueles que não passam de seres humanos, pecadores (como todos nós). Criaram uma hierarquia celestial, onde Deus, agora mais do que nunca distante de seu povo, comanda vários homens e mulheres a ajudarem aos que estão na Terra. Onde se encontra Jesus Cristo nessa empresa chamada céu? E os anjos que desde os primórdios têm atuado como serviçais de Deus? E o Espírito Santo que foi mandado como consolador e ajudador? Onde Deus descreveu tais coisas? Onde estão as profecias indagando que essas coisas iriam acontecer e seriam benditas?

Em que Deus você acredita? Um Deus Soberano, que tudo vê? Que está atento para te ouvir a todo momento? O Deus que criou tudo e todos? Ou apenas um deus imperfeito, que não pode tomar conta de sua própria criação?

Conclusão

Durante estes 2000 anos, a Igreja se desviou dos seus verdadeiros princípios, isso acarretou problemas de gravidade incrível e devastadora. Muitos se desviaram da sua verdadeira fé, dando ouvidos a espíritos enganadores. A doutrina dos santos e ídolos é apenas mais uma neste universo dispendioso e avassalador. Esta não foi a missão de Jesus e dos apóstolos. Estes (Jesus e os apóstolos) foram aqueles que tiraram a venda dos olhos de um povo humilde e ignorante. A Igreja Católica Romana, assim como outras seitas, colocaram-na de volta. Mas a Bíblia adverte aqueles que fizerem os cristãos tropeçarem!

"Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar". (Mateus 18:6)

Cabe a cada um meditar e repensar no que tem feito e acreditado. Nós não precisamos de uma fé palpável, nem das chamadas "catapultas celestiais" para nos aproximarem de Deus. Devemos fixar em nosso coração o que é a verdadeira fé em Hebreus 11.1: "É aprova das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se vêem".

Nesta odisséia, vamos retornar ao início de tudo, vamos encontrar com Jesus novamente, assim como, com seus ensinamentos, onde existe um só alvo de adoração, onde Deus é o centro de tudo, onde ao fechar os olhos, não existirá mais escuridão, mas somente a luz de Cristo brilhará.

Está na hora de tirarmos as vendas dos olhos. É hora de ser cristão.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

SÓ EXISTE SALVAÇÃO EM JESUS CRISTO
“E CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARÁ.”(JO 8, 32)
1°-Maria como advogada-O catolicismo coloca Maria como intercessora junto a Cristo para interceder pelos pecadores. Enquanto a Bíblia é clara: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e se alguém pecar, temos um advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.” (1 Jo 2:1) O título de advogado pertence a Cristo e não a Maria. Diga-me onde nas Escrituras Maria é chamado de advogada? Lembro-me de uma passagem nas Escrituras onde Maria foi interceder junto a Cristo e este respondeu: “Mulher, que tenho contigo?” (Jo 2.1-11). A função de intercessor junto ao Pai é exclusiva a Cristo.
Veja:
“Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.” (Rm 8:34)
“Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.” (Hb 7.25)
Quando Estevão estava prestes a morrer, este disse: “Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do Homem, que está em pé à mão direita de Deus.” (At 7.56) Onde estava Maria? Ocupada com outras coisas? Na nova Jerusalém existirá um trono para o cordeiro (Cristo) e para Deus. Não se fala em nenhum momento que Maria estará junto ao trono: “E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e o do Cordeiro.” (Ap 22.1) No catolicismo Maria é considerada mais compassiva que Jesus, por isto lhe é atribuído o papel de intercessora. Loraine Boettner descreve bem o pensamento católico: “Maria, sendo mãe, é considerada possuidora de coração de mãe, e portanto, mais capaz de entender os problemas dos seus filhos, e Ele jamais pode recusar-se a atender qualquer favor que ela lhe pedir.” Combato este pensamento católico, com uma simples pergunta: Quem demonstrou a humanidade ter maior amor? Cristo ou Maria?

“Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos” (Jo 15.13)

2°-Maria como Auxiliadora e Protetora Esses pseudo-títulos atribuídos a Maria estão interligados. O minidicionário Luft dá o seguinte significado a palavra auxiliar: “ajudar” e “socorrer”. Maria socorre ou ajuda alguém? Onde está escrito isto nas Escrituras? Nas Escrituras está escrito: “E assim com confiança ousemos dizer: O Senhor é o meu ajudador, e não temerei o que me possa fazer o homem.” Por quê o autor de Hebreus não falou do auxílio da “senhora”? Porque tal auxílio não existe. Maria está esperando a volta de Cristo como todos aqueles que já dormiram no Senhor:
“Num momento, num abrir e fechar os olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.” (I Co 15.52) Não vemos na Bíblia Maria ajudando ou socorrendo, mas pelo contrário, precisando de auxílio. Cristo na cruz se preocupou com a segurança de Maria incumbindo João desta missão:
“Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem Ele amava estava presente, disse a sua mãe: mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.” (Jo 19.26 e 27). No livro escrito pelo missionário católico S. Luis. Maria Grignon de Monfort (in: Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem) está escrito:
“O quarto favor que a santíssima virgem presta a seus fiéis servos é defendê-los e protegê-los de seus inimigos... Esta mãe e princesa poderosa enviaria antes batalhões de milhares de anjos em socorro de um só de seus servos, para que se não dissesse que um servo fiel, que a ela se confiou, sucumbiu à malícia, ao número e à força do inimigo.”
Não devemos trocar as Escrituras por nenhum outro livro. “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” (Gal 1.8) O sr. Monfort anunciou um outro evangelho. Maria não pode proteger ninguém. Não pode enviar anjos. Em nenhuma passagem das Escrituras se fala em anjos de Maria, mas em anjos do Senhor. “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem e os livra.” Foi Deus que enviou o anjo Gabriel a Maria:
“E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel e enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão, cujo nome era José, da casa de Davi: e o nome da virgem era Maria.” (Lc 1.26 e 27).E onde está escrito que Maria enviou algum anjo a alguém? Em lugar nenhum. Alguém pode chamar Maria de Nossa Senhora e considerar-se servo de Maria enquanto nas Escrituras está escrito que há um só Senhor (Ef 4.5)? Paulo se apresentou aos romanos como servo de Cristo e não como servo de Maria (Rom 1.1), enquanto o sr. Monfort, no livro já citado acima diz: “Pertencemos a Jesus Cristo e a Maria na qualidade de escravos.” Por sua vez, Cristo falou: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” (Mt 6.24). Infelizmente o catolicismo tem se dedicado a Maria e desprezado o Cristo, Senhor de toda criação. Se Maria estivesse sabendo como os homens a tem exaltado, certamente, estaria indignada com toda esta adoração.
“Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura (Maria) do que o Criador (Cristo), que é bendito eternamente. Amém. Pelo que Deus os abandonou às paixões infames...” (Rom 1.25 e 26, os textos entre parênteses é paráfrase do Autor).
3° Maria como Medianeira
O catolicismo afirma que “...temos necessidade dum medianeiro junto do próprio medianeiro que é Jesus Cristo”. Tal afirmação rebaixa a pessoa do Senhor Jesus Cristo. Cristo não é suficiente como Mediador? Claro que sim! Então, qual o por quê deste “...temos necessidade...” aviltante? Nenhuma palavra foi dita nas Escrituras acerca de Maria como medianeira. Mas o catolicismo acha, de maneira mirabolante, essa necessidade, porque segundo o próprio catolicismo, Maria é menos severa, mais tenra do que Cristo, e diante da mãe o filho não negaria algum pedido.
Observe as palavras que S. Luís Maria Grignon de Monfort (op. cit.) escreveu:
“Se recearmos ir diretamente a Jesus Cristo Deus, em vista de sua grandeza infinita, ou por causa da nossa baixeza, ou ainda, devido aos nossos pecados, imploremos afoitamente o auxílio e intercessão de Maria nossa mãe; ela é boa e tenra; nela não há severidade nem repulsa; tudo nela é sublime e brilhante contemplando-a vemos nossa pura natureza.”Por que ter receio de Jesus Cristo Deus, que tomou a forma de homem e tocou no homem e se deixou tocar pelo mesmo? Será que quando Cristo renunciou a Sua glória para tomar a forma de homem, não mostrou ser bom, tenro, amável, sublime e brilhante? Será que é necessário uma medianeira para amaciar o coração mais macio que existe e existirá? É evidente que o coração de Cristo é incomparável a qualquer coração humano. “Deus é amor” e o resto é comentário. Na Bíblia não se afirma que Maria é amor. Este argumento do catolicismo é desastroso. A Bíblia é bem clara quando afirma que a mediação de Deus é exclusiva a Cristo. Vejamos:
1.ª) Ele é o único Mediador- “Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” (I Tm 2.5)

2.ª) Ele é o único caminho – “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (Jo 14.6)
3.ª) Ele é o único Salvador – “E nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre homens, pelo qual devamos ser salvos.” (At 4.12)
Maria não é medianeira, e nunca foi. Para haver mediação precisa haver sacrifício por parte do mediador. Qual foi o sacrifício que Maria ofereceu em benefício dos homens? Não vá argumentar que Maria deu seu filho para morrer na cruz. Pois quem deu seu filho unigênito foi Deus Pai (Jo 3.16) e isto já estava planejado antes da fundação do mundo: “...Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.” (Ap 13.8). Maria já existia antes da fundação do mundo? Claro que não! Maria nunca ofereceu sacrifício em benefício dos homens e muito menos ofereceu-se como sacrifício. Só Cristo fez isto:
“Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo? E por isso é mediador dum Novo Testamento...”
REFLITA E DEIXE O ESPÍRITO SANTO TRABALHAR NA SUA VIDA....ABRA A PORTA DO SEU CORAÇÃO E DEIXE A VERDADE ENTRAR...

sábado, 30 de maio de 2009


Romanos 1:16
¶ Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Minha regra de vida...a Biblia

Salmo 1
1
¶ Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
2
Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite.
3
Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.
4
¶ Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha.
5
Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos.
6
Porque o SENHOR conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá.